Dia 16, Permanência em Iacanga
Percurso: Represa de Ibitinga, Rio Tietê
Início: Permanência em Iacanga, Clareira de Pescadores
21° 48.673’S 48° 59.926’W
Percorrido hoje: 0 km
Total acumulado: 350.7 km
Na Lama, mas com Visitas Especiais
Alessandro – Amanhecemos rodeados de lama! Choveu a noite inteira. Já de cara cada um ficou dentro de sua própria barraca. A chuva nos forçou um dia de descanso. Não deu para aproveitar, pois choveu o dia todo. Ficamos todos dentro das barracas. O Carlos com a Alessandra e eu com a Emily. Quando se está em boa companhia, qualquer perrengue tá valendo, e também o tempo passa mais rápido. Hoje poderia ter sido um dia muito entediante, pois esse local onde ficamos era no meio do mato e não haveria para onde ir, nem o que fazer. Choveu e choveu a noite toda de ontem pra hoje, e hoje o dia inteiro, e as barracas passaram por sua prova de fogo (água no caso) e evidenciaram sua eficiência. Choveu muito, e minha barraca ficou logo abaixo de uma “calha” natural da árvore, recebendo um derramamento de água constante. Porém ficamos sequinhos e as barracas realmente se mantiveram impermeáveis.
Algumas vezes a chuva parou e pudemos sair para comer, ir ao banheiro e dar uma esticada no corpo. Do lado de fora das barracas a lama de terra vermelha sujava fácil qualquer coisa que estava perto ou no chão. As gotas de chuva forte fizeram respigar terra em tudo.
No final do dia as meninas tiveram que ir embora, já que teriam que fazer a longa viagem de volta a Campinas e São Paulo. Essa noite, depois que a Emily se foi, foi uma das noites mais monótonas, pois ficou o contraste da boa companhia de horas antes com o tédio da solidão dentro de uma barraca debaixo da chuva, no meio da lama. Fiquei escutando a fita da Emily a noite toda e dormi ao som da única fita que a gente iria escutar repetidamente durante um determinado período da viagem.