Dia 13, Pederneiras > Bariri

A PRIMEIRA ECLUSAGEM DA VIAGEM

Alessandro – Saímos do Bauru Tênis Clube onde dormimos e seguimos em direção a barragem de Bariri. Com a autorização obtida em Barra Bonita seguimos o protocolo de comunicação via rádio e procedimentos e entramos na eclusa. Na aproximação tivemos que parar a 5 km da barragem e nos identificar. Seguindo com informações sobre tipo de embarcação, características, procedência, destino, etc. Após tudo verificado foi dada a autorização para aproximação.

Entramos por um lado e as portas se fecharam. Ficamos nesse enorme “tanque” que logo em seguida começou a “esvaziar”. As paredes começaram a ficar mais altas. Após a água baixar uns 15 metros, a porta do lado oposto ao que entramos se abriu, para cima. Então nos deram sinal pelo rádio para a gente desamarrar e soltar a canoa da bóia móvel (presa em um trilho na parede) e saímos da eclusa. eu fiquei um pouco apreensivo com a novidade, mas acabou sendo uma experiência interessante e divertida!

À noite acampamos numa curva do Rio Tietê, pois logo após a barragem ainda há um pouco de “correnteza”. Acampamos bem do lado do rio, próximo a uma bela e frondosa árvore. Ao lado de onde acampamos passa um canal. Foi uma surpresa quando olhamos pro meio do mato, no final de tarde e havia um barulho de algo como um trem enorme se aproximando de longe. Esperamos curiosos e o barulho foi se intensificando – De repente aparece um empurrador enorme passando pelo canal. Realmente parecia um trem andando nos trilhos. Só que esse empurrador era muito maior que um trem. E bem mais barulhento também. Observamos também que, de acordo com o horário, o nível da água na margem do rio subia ou descia. Descobrimos que isso era devido à abertura de maior ou menor vazão na barragem de acordo com a necessidade de consumo de energia requisitado à usina.