- Nosso maior inimigo era o vento contra na hora de remar. Nossa primeira experiência foi quando teimamos e remamos numa reta de rio, com um forte vento contra, por uma manhã inteira. E depois de algumas horas remando a gente olhou para trás e ainda conseguimos enxergar o ponto de partida. Depois dessa experiência, que foi um desperdício de energia, a gente resolveu que em dias de vento contra a gente não íamos mais remar. Íamos ficar acampados esperando passar o vento.
- Ondas altas e marolas de navios nos deixaram apreensivos, pois eram um grande risco não só para virar a canoa, dependendo da posição dela em relação às ondas, mas também para encher ela de água.
- Manter uma linha reta nos rios com redemoinhos era difícil. Em algumas ocasiões, como em Passo Fantasma, na Argentina, a canou quase virou por causa de um redemoinho. O susto que esse episódio nos provocou pode ser lido no relato do Diário da Expedição do dia 56.
- Achar lugares bons para acampar quando estávamos próximos de cidades grandes era complicado. Pela indiferença das pessoas e também pela sujeira das margens. A gente temia muito topar com pessoas mal intencionadas do que qualquer animal selvagem.
- Tomamos um susto quando topamos com um ritual de macumba na beira do rio perto de Santa Bárbara D’Oeste. Leia aqui o relato do dia 04 da expedição.
- Em Esquina, na Argentina, eu estava voltando de um mercado à noite, carregando algumas sacolas, num bairro mal iluminada quando um senhor se aproximou de mim e após algumas perguntas começou a chamar por socorro, gritando em espanhol “Ladro! ladro!” (Ladrão!), apontando para mim. Logo apareceu uma senhora e me disse para ignorar o cara. O tiozinho era um senhor com demência já conhecido do bairro. Isso me assustou bastante. Estando num lugar completamente estranho eu não queria de jeito nenhum ser confundido com alguém mal intencionado. Isso aconteceu no dia 76 da expedição.
- Protegidos de estranhos por um cachorro que apareceu do nada. Dia 57, em Monte Carlo.