Dia 062 – Posadas > Nemésio Parma


Percurso: Represa de Yaciretá, Rio Paraná
Início: Posadas Club Náutico, Capital da Província de Missiones, km 1.585, 27° 21.693’S 55° 53.188’W
Final: Prefectura Naval de Nemésio Parma, km 1.569, 27° 20.548’S 56° 1.212’W
Percorrido hoje: 14.6 km
Total Acumulado: 1722.6 km
RECEPÇÃO GENEROSA
Carlos – O dia anterior foi marcado por muitas visitas, como o Alessandro comentou, e depois de montar acampamento nos dedicamos a trabalhar na atualização do site. Quando começamos a fazê-lo foi aparecendo mais gente para saber sobre a viagem, me encarreguei de fazer o social para deixar o Alessandro trabalhar mais a vontade.
Nosso dia foi longo, mais ou menos três horas para atualizar as informações e o mais difícil que seria conseguir passar para o provedor. Foi o Alessandro na telefônica e eu no acampamento, cuidando dos equipamentos, pois ficava ao lado de uma avenida movimentada. O dia na verdade acabou somente depois da meia noite com a chegada do Alessandro dizendo que não tinha conseguido passar nada devido a uma falha na linha e um mau estar grande devido a uma dose elevada de leite com chocolate, chimarrão, azeitonas, Tang e outras coisas mais. Depois de chamar o Hugo algumas vezes melhorou e foi dormir.
Logo que acordamos na Quinta, Alessandro foi tentar novamente na telefônica mandar a atualização, antes apareceu o pessoal de uma TV local e fizemos uma entrevista rápida e sem encenações. Fiquei no acampamento a esperar um jornalista de uma edição local que chegou logo em seguida. Minha surpresa foi que apareceram mais uma TV e dois jornais, tudo em seguida com bastante interesse na viagem, provavelmente pelo fato que na cidade o esporte náutico é bem difundido com muitos praticantes, principalmente o remo e a canoagem.
No final das contas chegou o Alessandro, que conseguiu mandar tudo, arrumamos as coisas e partimos para o próximo destacamento que era o de Parma. Navegação tranquila, dia muito quente e alta umidade e uma previsão de chuva no dia seguinte.
Ao chegarmos no destacamento, percebemos que já estávamos na represa, pois estava mais afastado do local indicado na carta náutica e havia a ruína do antigo em uma ilha que se formou após o alagamento. Após o contato habitual com o pessoal da marinha montamos acampamento ao lado das ruínas, jantamos e fomos ao novo destacamento a pé mesmo em um lugar que tinha sido um caminho, a noite, com água até quase os joelhos guiados apenas pelas luzes do prédio a uns 600 metros dali, no caminho se viam peixes numa água muito limpa. Chegamos tomamos um banho e nos ofereceram uma farta mesa de comida, com peixe assado com tomate e queijo, mortadela, refrigerante, vinho, queijo, pão, doce de batata, etc. Provavelmente acharam que estávamos passando fome ou estamos realmente magros demais. Não negamos o complemento do nosso jantar e depois de muita conversa voltamos ao acampamento pela tortura do caminho de pedras inundado.